
A comemoração dos 72 anos de emancipação política de Pindobaçu, realizada no sábado (08), foi marcada por um episódio controverso: o prefeito Dr. Davi Menezes, responsável pela organização e viabilização do evento, foi impedido pela segurança de acessar o palco durante o show da dupla Iguinho & Lulinha. O incidente gerou tumulto e repercutiu negativamente entre a população e autoridades locais.
Eventos como esse são financiados com recursos públicos, e o prefeito, como autoridade máxima do município, tem o direito de acompanhar e prestigiar a festa que organizou. No entanto, a imposição de barreiras por parte de algumas produções artísticas tem se tornado um problema recorrente, dificultando o acesso de gestores e até do próprio público.
Casos semelhantes já ocorreram em outras cidades, como o polêmico cachê de R$ 1,2 milhão de Gusttavo Lima em Conceição do Mato Dentro (MG), o desentendimento de Natanzinho Lima com um prefeito em Belém (AL) e a retirada da cantora Tayara Andreza do palco em Tracunhaém (PE) por não mandar “alô” para políticos.
Esses episódios levantam um questionamento: por que prefeituras investem alto em atrações que, em vez de agregar ao evento, impõem exigências exageradas e tratam os contratantes como figurantes? O estrelismo e a falta de diálogo precisam ser revistos para que as comemorações realmente valorizem quem torna essas festas possíveis: a população e a gestão municipal.
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